loading . . . Festival de Brasília começa hoje com pré-estreia de 'O agente secreto' e homenagem a Fernanda Montenegro Festival de cinema mais longevo em atividade no Brasil, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro dá o pontapé inicial para sua 58ª edição na noite desta sexta-feira (12), com a exibição do aguardado "O agente secreto", de Kleber Mendonça Filho.
'Vamos aonde o filme nos levar': Produtora de 'O agente secreto' fala sobre possibilidade de representar o Brasil no Oscar
Análise: Por que 'O agente secreto' é a melhor escolha para representar o Brasil no Oscar 2026
O longa estrelado por Wagner Moura, apontado como favorito para representar o Brasil no Oscar, passa na capital federal fora da disputa pelos tradicionais troféus Candangos. A sessão contará com a presença do diretor, da produtora Emilie Lesclaux e das atrizes Maria Fernanda Cândido e Alice Carvalho. Após acompanhar as primeiras exibições de "O agente secreto" no Recife, Wagner não irá ao Festival de Brasília por estar ensaiando uma nova peça, que estreia no início de outubro, em Salvador.
A noite de abertura do evento promete outros momentos de emoção com as comemorações dos 60 anos do festival (o evento não foi realizado por três anos durantes a ditadura militar, nos anos 1970) e uma homenagem a Fernanda Montenegro. A atriz participará através de mensagem de vídeo seis décadas após receber o Candango de melhor atriz pelo clássico "A falecida" (1965), de Leon Hirszman, que será exibido no evento.
Em 2025, a mostra competitiva nacional de longas conta com sete filmes inéditos nos cinemas brasileiros: "Morte e vida Madalena", de Guto Parente, "Xingu à margem", de Wallace Nogueira e Arlete Juruna, "Quatro meninas", de Karen Suzane, "Corpo da paz", de Torquato Joel, "Aqui não entra luz", de Karol Maia, "Assalto à brasileira", de José Eduardo Belmonte, e "Futuro futuro", de Davi Pretto.
— Temos sete longas de sete estados diferentes (Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul). A não repetição de estados de origem e essa dimensão geográfica nacional, para mim, é uma feito muito importante para Brasília — destaca Eduardo Valente, diretor artístico do evento.
Valente aponta de a descentralização também é marca da competição nacional de curtas-metragens, na qual serão exibidas 12 produções de 12 estados diferentes, com destaques para locais que não costumam marcar presença em eventos cinematográficos, como Roraima e Piauí.
— Uma marca de Brasília é exibir filmes que nos permitam refletir sobre o país, enquanto sociedade, mas também sobre cinema, e acho que isso está refletido na programação — aponta o diretor artístico. — Teremos uma edição bem especial. Além das competições, teremos uma série de exibições especiais para celebrar os 60 anos do festival.
Clássicos como "São Paulo Sociedade Anônima" (1965), de Luiz Sérgio Person, "Terceiro milênio" (1982), de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer, "Viramundo" (1965), de Geraldo Sarno, e "Hermeto, campeão", de Thomaz Farkas, serão exibidos ao longa do festival. A programação paralela inclui ainda a exibição de curtas-metragens de Kleber Mendonça Filho e uma mostra em homenagem a Jean-Claude Bernardet (1936-2015). O crítico de cinema, ator e diretor está no elenco de "Nosferatu", versão brasileira de Cristiano Burlan para a clássica história de vampiros que marcou a sétima arte. O elenco conta ainda com Rodrigo Sanches e Helena Ignez.
O Festival de Brasília acontece entre os dias 12 e 20 de setembro. A programação conta com exibições, debates, oficinas e áreas de mercado em diversos espaços pela cidade. http://dlvr.it/TN20Mg