loading . . . Após ataque, estrutura de proteção de Chernobyl não bloqueia a radiação e precisa de grandes reparos O escudo protetor sobre o reator nuclear do desastre de Chernobyl, ocorrido em 1986 na Ucrânia, foi atingido por um drone em fevereiro deste ano e não consegue mais desempenhar bloquear a passagem de radiação, anunciou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Hoje, a estrutura está com um buraco, tendo sido "severamente danificado" após um ataque de drone que o país atribui à Rússia, com quem está em guerra desde fevereiro de 2022.
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A AIEA fez uma inspeção no local na semana passada e constatou os danos à estrutura de aço. O equipamento para bloquear a radiação foi concluído em 2019 numa iniciativa europeia, sob um custo de € 1,5 bilhão (o equivalente a mais de R$ 9,2 bilhões na cotação atual).
Segundo a equipe da Agência responsável pela inspeção, a estrutura de aço do Novo Confinamento Seguro (NSC, na sigla em inglês) no complexo de Chernobyl ainda sofreu um grande incêndio no revestimento externo após o ataque. Apesar da magnitude da destruição, em que perdeu funções primárias de segurança, como a capacidade de confinamento da radiação, não foram constatados danos permanentes às suas estruturas de suporte de carga ou sistemas de monitoramento.
“Foram realizados reparos temporários limitados no telhado, mas a restauração completa e em tempo hábil continua sendo essencial para evitar maiores danos e garantir a segurança nuclear a longo prazo”, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi.
Funcionários da agência estão percorrendo a Ucrânia neste mês para avaliar o estado das subestações elétricas essenciais para a segurança nuclear. Entre os dias 1º e 12 serão avaliados danos, analisados esforços de reparo e identificação de medidas práticas para fortalecer a resiliência do fornecimento de energia externa às usinas nucleares do país.
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A explosão de Chernobyl, ocorrida em 1986, espalhou radiação por toda a Europa. Na corrida para conter o derretimento do núcleo, a União Soviética construiu sobre o reator uma estrutura de concreto, como um “sarcófago”, com uma vida útil de apenas 30 anos. O novo confinamento, concluído há cerca de seis anos, foi construído para conter a radiação ainda existente nas estruturas, lembrou o jornal inglês The Guardian.
Após os danos sofridos neste ano, a AIEA recomenda a realização de trabalhos adicionais de restauração e proteção da estrutura do NSC, entre elas, medidas de controle de umidade, um programa atualizado de monitoramento da corrosão e modernização do sistema integrado de monitoramento automático da estrutura de proteção. Estão previstos para 2026 reparos temporários adicionais para apoiar o restabelecimento da função de confinamento do Conselho de Segurança Nacional (CSN), isto com apoio do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), destaca a agência.
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Em 14 de fevereiro deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que autoridades ucranianas afirmavam que um drone com uma ogiva de alto poder explosivo atingiu a usina, danificando a estrutura de proteção. A Ucrânia atribuía o ataque aos russos, mas Moscou negou a autoria da ação. Os níveis de radiação permaneceram normais e estáveis, e não houve relatos de vazamentos radioativos, informou órgão naquele mês, lembro o The Guardian.
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