loading . . . Ministério da Saúde assina acordo para construção do 1º hospital inteligente do SUS Na última sexta-feira, o Ministério da Saúde assinou um acordo de cooperação técnica para implementar o primeiro hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS) no futuro Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP).
De acordo com a pasta, o governo do Estado de São Paulo, responsável pela universidade, cederá o terreno. Já o ministério pretende concluir em breve as etapas finais de um pedido de investimento em andamento junto ao Banco dos BRICS para viabilizar a construção do projeto, na ordem de R$ 1,7 bilhão.
O acordo assinado pelo Ministério da Saúde, pelo governo do Estado de São Paulo, pela Faculdade de Medicina da USP e pelo Hospital das Clínicas era o último documento pendente para a avaliação final.
Além da unidade no HC-USP, o governo implantará uma rede nacional de serviços de saúde de alta precisão, que prevê 14 unidades de terapia intensiva (UTIs) nas cinco regiões do país e a modernização de unidades de excelência no Rio de Janeiro e Distrito Federal.
— O hospital inteligente e a rede de serviços de alta precisão só é possível graças à cooperação internacional, que envolve bancos de desenvolvimento, parceiros estratégicos e instituições de pesquisa. O Brasil entra com força nesse novo ambiente global de reorganização da saúde, onde tecnologia da informação, inteligência artificial e práticas inovadoras estão redesenhando a forma de cuidar das pessoas — disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A idealizadora do projeto e professora de Emergências da Faculdade de Medicina da USP, Ludhmila Hajjar, destacou a importância da criação de hospitais inteligentes no país:
— O paciente grave, de emergência, é o que mais se beneficia dessas tecnologias redutoras de tempo, que vão instituir terapias personalizadas. Esse hospital dá um salto para a medicina de precisão, centrada no paciente. É um SUS que vai cuidar de maneira eficiente e segura do paciente de alta complexidade.
De acordo com o ministério, a proposta foi apresentada ao Banco dos BRICS ainda em março. Em outubro, Padilha esteve na China, onde firmou acordos de cooperação tecnológica com instituições chinesas e apresentou o projeto ao banco para reforçar o apoio financeiro à construção do instituto.
Como mostrou O GLOBO, o centro será referência em saúde digital, unindo tecnologias avançadas como inteligência artificial, internet das coisas, big data, telessaúde, ambulâncias conectadas por 5G, automação hospitalar e sistemas de gestão preditiva. O objetivo é tornar o atendimento no SUS mais eficiente, rápido, humanizado e tecnológico.
A unidade hospitalar ocupará uma área de 150 mil m², com padrões internacionais de sustentabilidade, segurança e inovação. No total, serão 800 leitos, com foco especial em emergência, terapia intensiva e neurologia. A expectativa é que o hospital esteja pronto em três anos após a aprovação do financiamento. https://sem-paywall.com/http%3A%2F%2Fdlvr.it%2FTPHl3t