loading . . . 'Vaquinha' para herói de ataque terrorista na Austrália já arrecadou quase R$15 milhões A "vaquinha" para Ahmed al-Ahmed, que enfrentou um dos autores do ataque terrorista que matou 15 pessoas durante uma celebração judaica em Bondi Beach, na Austrália, já arrecadou quase R$15 millhões. Neste domingo, o saldo era de 2,64 milhões de dólares, o equivalente a 14,63 milhões de reais na cotação atual. Houve 45 mil doações na campanha.
Contexto: Ataque terrorista em praia da Austrália deixa 15 mortos e 40 feridos durante festa judaica; um dos atiradores morreu e outro foi preso
Veja também: Vídeo mostra pessoas fugindo e barulhos de disparo de ataque terrorista contra comunidade judaica na Austrália
Os criadores da "vaquinha" online, no site GoFundMe, escreveram que Ahmed al-Ahmed teve ações "inegavelmente heroicas":
“Em um momento de caos e perigo, Ahmed al-Ahmed se apresentou sem hesitar. Suas ações foram altruístas, instintivas e inegavelmente heroicas, realizadas sem qualquer consideração por sua própria segurança. Os primeiros relatos indicam que ele foi baleado duas vezes enquanto protegia outras pessoas", diz o texto.
Nessa semana, ele recebeu a visita do primeiro ministro da Austrália, Anthony Albanese, quem o chamou de "heroi australiano".
-- Você se colocou em risco para salvar outros, correndo perigo em Bondi Beach e desarmando um terrorista. No pior dos momentos, nós vemos o melhor dos australianos. E isso é exatamente o que vimos no domingo à noite. Em nome de todos australianos, eu digo obrigado -- escreveu o primeiro ministro, na rede social X.
'Eu mereço tudo isso?'
Na sexta-feira (19), um cheque de mais de US$ 1,65 milhão (cerca de R$ 9 milhões, na cotação atual), foi entregue a Ahmed, no hospital, onde está internado. Surpreso com o valor, o comerciante reagiu ao receber o cheque: “Eu mereço isso?”. Mais de 40 pessoas ficaram feridas no atentado, incluindo ele.
Muçulmano e proprietário de uma frutaria na Austrália e pai de dois filhos, Ahmed recebeu o cheque milionário em sua cama no hospital St. George das mãos de Zachery Dereniowski, influenciador e coorganizador da página GoFundMe.
— Eu mereço isso? — reagiu Ahmed ao receber o cheque.
Ao que Dereniowski respondeu:
— [Sim, merece] cada centavo.
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Mais de 43 mil pessoas de todo o mundo contribuíram para a arrecadação de fundos, incluindo o multimilionário gestor de fundos de hedge Bill Ackman, que doou 99.999 dólares australianos e compartilhou a arrecadação em sua conta X. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, visitou Ahmed no hospital para elogiar sua coragem.
Quando o influenciador perguntou o que ele diria às pessoas que doaram, Ahmed escolheu, mais uma vez, enaltecer a paz:
— Que se apoiem mutuamente, todos os seres humanos. Que esqueçam tudo de ruim… e sigam em frente para salvar vidas.
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Ahmed se escondeu atrás de carros estacionados no domingo passado antes de atacar pelas costas um dos agressores que abriram fogo contra civis em uma das praias mais populares do país. Ele arrancou a arma e o jogou no chão para neutralizá-lo.
Pelo gesto de bravura, o homem de 43 anos sofreu ferimentos a bala após ter sido aparentemente atacado pelo outro agressor. Agora, ele permanece hospitalizado até se recuperar dos ferimentos.
— Quando salvei as pessoas, fiz isso de coração porque era um bom dia, todos comemorando, com seus filhos, mulheres, homens, adolescentes; todos estavam felizes e merecem isso, merecem aproveitar — disse Ahmed, levantando o punho ileso da cama do hospital. — Este país é o melhor do mundo, mas não vamos ficar de braços cruzados; já basta. Que Deus proteja a Austrália.
Ele não revelou o que planejava fazer com o dinheiro.
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Ahmed, de 43 anos, deixou sua cidade natal na província de Idlib, no noroeste da Síria, há quase 20 anos para procurar trabalho na Austrália, de onde é cidadão.
Uma gravação feita durante o atentado mostra o momento em que um dos atiradores é desarmado. No vídeo, ele avança sobre um dos atirados por trás e retira a arma de suas mãos. Veja abaixo:
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Um pai e seu filho, Sajid e Naveed Akram, são acusados de abrir fogo no domingo passado em Bondi Beach contra uma multidão que celebrava o feriado judaico de Hanukkah, em um ataque que deixou 15 mortos. As autoridades consideram que os terroristas agiram motivados pela ideologia do grupo jihadista Estado Islâmico.
O mais velho dos supostos agressores, Sajid, de 50 anos, morreu num tiroteio com a polícia, mas o seu filho Naveed, de 24 anos, sobreviveu. O pedreiro foi acusado de 15 homicídios, um “ato de terrorismo” e dezenas de outros crimes graves.
A polícia australiana investiga se os dois se reuniram com extremistas islâmicos durante uma visita às Filipinas semanas antes do tiroteio.
(Com La Nación) https://sem-paywall.com/http%3A%2F%2Fdlvr.it%2FTPxVxp