loading . . . 'Ocupa Rubens Paiva: Tortura Nunca Mais': ato de repúdio à ditadura será realizado na Tijuca, em frente a batalhão onde funcionou Doi-Codi Programação terá vídeos, música e entrega de moção à família do engenheiro desaparecido; um dos objetivos é pressionar pela instalação de um museu no local Nesta quinta (27), a partir das 15h, será realizado o ato “Ocupa Rubens Paiva: Tortura Nunca Mais”, na praça Lamartine Babo, na Tijuca, em frente ao quartel do 1º Batalhão da Polícia do Exército, antiga sede do Doi-Codi. Idealizado pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) e pelo Sindicato de Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), o ato conta com o apoio de movimentos sociais, organizações de direitos humanos, sindicatos e mandatos parlamentares. A história de Rubens Paiva é contada em "Ainda estou aqui", filme premiado com o Oscar este ano.
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O ato será em frente ao busto inaugurado em homenagem a Paiva há dez anos pela Fisenge e pelo Senge-RJ. O local foi escolhido, explicam os organizadores, por ficar diante da antiga sede do DOI-Codi, o Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna, órgão subordinado ao Exército, onde Paiva e outros 52 presos políticos foram torturados e assassinados.
— Completamos dez anos da homenagem a Rubens Paiva com o objetivo de afirmar sua memória e da democracia; e jamais esquecer os horrores da ditadura militar. O ato tem o objetivo de cobrar memória, justiça e verdade por Rubens Paiva e tantas pessoas desaparecidas e assassinadas pela ditadura civil-militar e defender a democracia e os direitos humanos tão atacados por grupos de extrema-direita — disse o engenheiro e presidente da Fisenge, Roberto Freire, que lembrou que foi Paiva quem sugeriu ao então deputado Almino Affonso a criação da lei 4.950-A/1966, que instituiu o salário mínimo profissional para a engenharia.
O "Ocupa Rubens Paiva" busca também pressionar o poder público e engajar a sociedade na campanha para transformar a antiga sede do DOI-Codi em um Museu da Memória, dedicado às vítimas da ditadura. Na ocasião, as deputadas estaduais Dani Balbi (PCdoB), Verônica Lima (PT) e Marina do MST (PT) entregarão uma moção de louvor à família Paiva.
— Mais do que uma justa homenagem ao parlamentar e engenheiro Rubens Paiva, (o ato) é fruto da certeza de que o resgate da memória política de nosso país é mais uma forma de afirmar a história de lutas do povo brasileiro — diz o presidente do Senge-RJ, Olímpio Alves dos Santos.
O sucesso do filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres e Selton Mello nos papéis principais, que já foi visto por cinco milhões de pessoas e ganhou mais de dez prêmios internacionais, incluindo o Oscar, reavivou o interesse pela história do engenheiro. O busto na Praça Lamartine Babo e outro monumento em homenagem a ele, próximo à estação Pavuna do metrô, tornaram-se pontos de visitação de pessoas interessadas na história recente do Brasil.
O ato na Tijuca está sendo articulado por Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros; Sindicato dos Engenheiros no Rio de Janeiro; SOS Brasil Soberano; Clube de Engenharia; Levante Popular da Juventude; Frente Internacionalista dos Sem Teto; Deputada Marina do MST; Grupo Tortura Nunca Mais; Coletivo RJ Memória, Verdade, Justiça e Reparação; Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; Filhos e Netos por Memória, Verdade e Justiça; União da Juventude Socialista; União de Negras e Negros pela Igualdade; mandatos dos deputados federais Jandira Feghali e Reimont, das deputadas estaduais Dani Balbi e Verônica Lima e da vereadora Maíra do MST; Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas; Central de Movimentos Populares do Brasil; Associação Brasileira de Imprensa; Unidade Popular, Associação Profissional dos Geógrafos no Estado do Rio de Janeiro, União Brasileira de Mulheres, TV Comunitária, Núcleo Macacos Vila Isabel e Movimento de Pequenos Agricultores.
Confira a programação
15h às 16h: Banquinhas dos partidos, movimentos sociais e organizações; exibição de vídeos e apresentação cultural
16h: Painel Violência de Estado nas Favelas
16h50: Música
17h: Abertura com Senge e Fisenge
17h20: Entrega de moção à família Rubens Paiva
17h30: Ato político
18h30: Encerramento com baterias das juventudes; vídeo do discurso de Rubens Paiva na Central do Brasil https://sem-paywall.com/http%3A%2F%2Fdlvr.it%2FTJn4wP