Despois escoitas ao secretario xeral del gallego dicir iso de que se fala menos nas escolas por culpa dos inmigrantes. E nin un PDF con catro cousas básicas creou para achegar esa rapazada á lingua

Ano 2025 e chega un neno novo a un centro de ensino sen falar ningún dos idiomas oficiais e a consellaría di: "Ahí te va eso"

eis algumas ideias sobre como enfrentar os processos de destrução cultural em curso sem deixar-nos atrair polo fetiche apocalíptico de declínio civilizatório open.substack.com/pub/pablopes...

Penso con frecuencia nisto de @pablopesado.bsky.social onde paira con elocuencia sobre a cuestión da "profunda introjeção da estética da estupidez dentro da indústria cultural". pablopesado.substack.com/p/e-possivel...

acabo de saber que este artigo meu saiu ontem publicado. É uma análise de livros de texto de Lengua Castellana y Literatura que estuda em profundidade textual quase microscópica como incorporam no alunado discurso e identidade nacionalistas espanholas.

Algumas reflexões sobre o recente Donkey Kong Bananza e sobre a multiplicação de sistemas monetários em paralelo dentro do videojogo contemporáneo: open.substack.com/pub/pablopes...

Unha cousa que sempre me sorprende da poesía é que un día podes ler un texto que non che di moito -supoño que porque non estás aínda en sintonía con el- pero cando o atopas anos máis tarde fai que che estoupe a cabeza.

Pareceume moi interesante esta reflexión de Nel Vidal hoxe en @praza.gal. Polo que di en concreto sobre o ámbito educativo, pero tamén porque é un asunto que me (pre)ocupa no xornalismo en galego

dá-me muita raiva ser o portador de más notícias mas Sirât é escandalosamente boa

uma take dominical: a sátira digital sobre a crise dos 30/40 é uma forma de controle político que procura voltar homens heteros ao seu ajeitado rol de pater familias. a pesar da gíria feminista, ataca só o patriarcal ali onde pode ameaçar, por excesso, a reprodução do patriarcado

“Me mato porque el socialismo tarda en llegar”

vide porfis 🥺

Um dos resultados destas letras é a absoluta descontextualizaçom da música popular, associada agora a uma profissão (“cantareiras”), a uma idade (“a velhice”) e a uma geraçom (“as nossas avoas”). O muralismo de velhas com mandil feito discurso público, que é a Gz que merecemos.

A vivência pop do conclave, como se se fosse um Big Brother religioso, é consequência e parte da mesma estratégia publicitária que constituiu o anterior papado. Que não se alimentem da nossa tendência a fagocitar pós-ironicamente tudo: sejamos de novo teimudes anticlericais.

Tenho atacado por aqui a auto-ficção e o realismo em várias ocasiões, e muito menos o experimentalismo. Este passo de Adorno serve para isso. A dificuldade, a provocação, a escuridade… décadas depois do momento em que tivérom o seu sentido social agem como fetiche nostálgico.

o título “Music Has the Right To Children” daquele albume justamente lendário de Boards of Canada encerra uma poética da democraticidade estética inversa (e melhor) a esse nefasto “para que todo o mundo entenda”. ou, como dim na rádio espanhola, “para que nos entiendan en casa”

estou a ler ao tempo walt whitman, mario mieli e o barthes dos fragments: a pasta 3em1 de que está feita a joie de vivre

alguém próximo insinuou ser isto uma falsa bandeira do psoe para convencer-nos do rearme e eu alucinei com alguém acreditar que a socialdemocracia teria o valor para deter a produção durante um dia polo motivo que for

a declaração do nível 3 de emergência por parte de Rueda deve ver-se como resultado lógico do funcionamento do poder político espanhol na Galiza: um poder sem poder, suficiente para fidelizar a população, mas insuficiente para a fazer sentir-se autónoma e potencialmente soberana

obsessionado com as convergências entre Los petrasiniestros de Castro Couso (1984) e o Thought Cabinet de Disco Elysium

Tears of the Kingdom é hoje o lugar em que me refugio quando tudo vai mal: dou passeios tranquilos no cabalo, procuro ingredientes e provo a fazer refeições novas, jogo as agachadas com os kollog e tiro alguma foto. Felicidade seria fazer um mundo que seja como esse, mas neste.

partilho as críticas ao realismo socialista, e por isso fai-me graça que a flagrante liberdade universalista do antigo bloco capitalista derivasse neste XXI num omnipresente realismo autobiográfico de classes médias com profissões liberais

oxalá poder expressar isto, mas boto de menos no marxismo a distância e a escala do tempo geológico. é algo que pode pensar-se desde hegel, deleuze, luhmann. mas vejo a tradição marxiana, em termos de foco, antropocentrista, e provavelmente não poda ser de outro modo

o maldito jesús castro decidiu que ia destruir as minhas finanças esta semana sacando duas (2!) unidades de cousa ao mercado

a inteligência é uma cousa fascinante. aparece aí onde tudo a deveria de impedir, apesar do social conspirar para a extinguir; ela, por vezes, persevera, até sem concurso de quem a porta. simplesmente está aí e arde

Como pode ser que existissem dous Milorad Pavić e um fosse o autor do incrível Dicionário Khazar e outro o adestrador do Celta?

de Cunqueiro como catador de comida chinesa num rally de Estoril com o rei de Bulgaria e a presença fantasmática de Brigitte Bardot

os italian brainrot lembram-me um internet mais feliz que já não conseguia rememorar; até agora, com a magdalena proustiana diante, não consigo reconstruir como eram as cousas há apenas cinco anos

Autêntica galeguidade nesta crítica de 1979 no Faro de Vigo: "Ángel Crespo publica as cartas de Luis Cernuda a Eugenio de Andrade. As cartas, salvo algún que outro párrafo solto, apenas teñen interés. [...] En Berkeley, Cernuda conoce a un galego".

Hoje no Caseto recuperamos o artigo de @pablopesado.bsky.social sobre métodos e marcos críticos para uma historiografia nacional galega 💥 ▫️ claracorbelhe.gal/artigo/e-pos...

Dúvida memorística e para "mui cafeteiros": -Arqueologia: Qual a 1ª convocatória de um bloco laranja numha mani pola língua? (Com o MDL? 2009 com a plataforma GalegoSempreMais?) -Atualidade: Além do manifesto do Bloco Laranja para a manifestação de 23F, algum manifesto mais? 🙏

Que susto me acaba de dar o doutor @pablopesado.bsky.social mirando para mim desde a bolsa do papel e o cartão!

6/ Em qualquer caso: converger com a língua do/a interlocutor/a tem POUQUÍSSIMO a ver com a "diglossia". E, de maneira mais importante: NA GALIZA NÃO HÁ DIGLOSSIA. Nem no sentido de Ferguson (1959) nem no sentido de Fishman (1968). Há uma situação de DOMINAÇÃO LINGUÍSTICA que há tempo que deixou >

Mais anotações etnográficas viageiras: a primeira vez que alguém me dixo “trés gentil!” achei que mo dizia a sério. Que eu figera algo excecional e que lhe parecera, portanto, uma pessoa mui boa… Sentim-me orgulhoso e até me pugem-me vermelho... Acabava de lhe recolher o lapis do chão.

Vaiamos pola senda dos pdfs e os epubs, e eu o primeiro, pero como cambia a percepción dun texto cando o les no soporte para o que foi concibido. Manexo estes días libros moi antigos que antes consultara en dixital. Nada que ver: o texto non é só texto, é experiencia.

Pensava que ainda não conhecim nengum utente do conceito La Charca que nom me desse a impressão de pertencer à mesma charca que tanto detesta. A distinção, no senso bourdieuano, está ou não, mas um não pode auto-atribuí-la. Poderá ser aspiracional e perverso, mas não distinto.

Entrevistárom-me por aqui 🌞

Estou a rejogar Okami. Continua a ser uma das cousas mais lindas do universo e fai-me mui feliz que esteja aí.

Duas formas mui comuns de saudo francês me têm fascinado: “re-bonjour” e “coucou”.

Imaginai que a textura estándar dos objetos da vida quotidiana não fosse *lisa* mas *peganhenta*. Que movida eh?

dream of themselves having seen and dreamed and remembered all the men you have dreamed you might have been and all the men you dream you may yet become —Gerald Murnane I be dreaming of dreaming a thought that could dream about a thought that could think of dreaming a dream —Frank Ocean

As elites colunistas (e valem aqui as espanholas e também as galegas) são, para além de desagradáveis, inoperantes. Hipotecam tudo uma e outra vez para seguirem os interesses do dia dos seus amos, em vez de tentarem construir um prestígio autónomo. Nada restará delus.

Juro pola minha estirpe* que se volto a ouvir as palavras “é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo” ou algum dos seus derivados desisto de toda tentativa de pensamento organizado e meto um lapis de cera de cores polo nariz. *skavens

A partir do venres chegará ás librarías «Orbital», de Samantha Harvey na fermosa tradución de Juan Manuel do Río. Velaquí a incrible cuberta de Lúa Gándara para Rodolfo e Priscila. Unha novela que nos sacode e nos esperta coa súa rara beleza. O máis recente Premio Booker en galego. 🚀✨

Andava apressado e abafado pola rua fazendo mil recados e encontrei numa tendinha isto que me alegrou o dia:

O outro dia a minha supervisora de estágio fijo-me saber, com muito tato, que mesturava conceitos de tradições epistemológicas distintas como se fossem sinónimos (ator-agente). Pensei que a teoria vive no impulso de confundir e depois clarificar; a claridade só não alcançaria.

Através dos anos 80 Casares vai perdendo aos poucos a sua brilhantez como crítico. Cada vez menos sensível à vanguarda, mais teimudo com a reivindicação de uma literatura singelinha, menos proclive à polémica e a opinião imprevista (mais previsível). O poder deslustra e desgasta.

Todo o que lin ou escoitei desta rolda de prensa é o máis perverso, obsceno e noxento que recordo presenciar na miña vida. Oxalá que o destino destes asasinos sexa tan podre coma o seu ser.

Fala-lhe à gente à que lhe queres falar embora não a conheças. Dá igual se é admiração, amizade ou amor. Dá igual se não tés muito para dizer. Traz boas cousas.

Uma cousa dolorosa mas importante: ouvir este vídeo sem som ou sem prestar atenção às palavras. Ume vê assim que es nazis, es nosses nazis, parecem amáveis e próximes, vezinhes e amigues. Vão tentar afundir o mundo e não vão parecer-se à imagem nazi hollywoodiense; temos de aprender a es reconhecer.