loading . . . Combatendo o Racismo com Inteligência Artificial: a importância de apoiar grupos de pesquisa como o LABHDUFBA - Contribuições - Combate ao racismo nas plataformas digitais - Brasil Participativo Participa de algum movimento social ou organização da sociedade civil?SimSe sim, qual o nome da sua organização ou movimento?LABHDUFBASua contribuição está sendo feita em nome dessa entidade?SimEscreva aqui sua contribuição:O racismo permanece como um dos maiores desafios sociais no Brasil, reproduzindo desigualdades históricas e estruturais. Em um mundo cada vez mais mediado por plataformas digitais, essa discriminação assume novas formas: desde algoritmos que reforçam estereótipos raciais até a circulação em massa de discursos de ódio contra pessoas negras, indígenas e outras minorias. A Inteligência Artificial (IA) pode ser utilizada não apenas para identificar essas práticas, mas também como ferramenta ativa no combate ao racismo. Para tanto, é essencial apoiar grupos de pesquisa comprometidos com justiça social, como o Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia (LABHDUFBA). Um dos usos mais estratégicos da IA é o monitoramento em tempo real de grupos racistas, misóginos e extremistas que atuam em ambientes digitais. Esses coletivos utilizam redes sociais, fóruns e aplicativos de mensagens para disseminar desinformação, coordenar ataques e recrutar novos integrantes. Ferramentas baseadas em processamento de linguagem natural (PLN) e análise de redes podem identificar padrões de discurso de ódio, mapear conexões entre grupos e até antecipar ondas de ataques organizados. Com isso, torna-se possível adotar respostas rápidas, seja por meio da moderação de conteúdo, seja pelo acionamento de políticas públicas de proteção a populações vulnerabilizadas. Contudo, para que esse monitoramento não reproduza injustiças — como a vigilância seletiva contra comunidades já marginalizadas —, é fundamental que a pesquisa seja conduzida de forma crítica e ética. Grupos como o LABHDUFBA têm a expertise necessária para equilibrar o uso da tecnologia com princípios democráticos, garantindo transparência, auditoria social e respeito aos direitos humanos. Diferente de soluções importadas, que muitas vezes ignoram a realidade brasileira, laboratórios locais têm maior sensibilidade às especificidades culturais, linguísticas e raciais do país. O apoio a esses grupos de pesquisa permite avançar em três dimensões complementares: Detecção e mapeamento de ódio online. Com técnicas de IA, é possível identificar não apenas mensagens explícitas de racismo, mas também discursos velados, metáforas e códigos usados por extremistas. Isso amplia a capacidade de enfrentamento, inclusive no campo das políticas públicas. Desenvolvimento de algoritmos antirracistas. Ao treinar modelos em bases de dados diversas e representativas, evita-se que a IA perpetue preconceitos. Grupos de pesquisa comprometidos com inclusão podem propor métricas de justiça algorítmica e metodologias para reduzir vieses. Formação e engajamento social. Laboratórios como o LABHDUFBA funcionam como espaços de produção científica e também de formação política e tecnológica. Neles, estudantes, ativistas e comunidades participam da criação de soluções, ampliando a consciência crítica sobre racismo e tecnologia. É importante destacar que o racismo digital está frequentemente entrelaçado com outras formas de opressão, como misoginia, LGBTfobia e xenofobia. O monitoramento em tempo real, aliado à análise crítica e interdisciplinar, permite compreender como esses fenômenos se articulam em rede, produzindo ameaças concretas à democracia. A IA, quando utilizada de forma responsável, pode contribuir para desarticular essas dinâmicas, reduzir os impactos da desinformação e ampliar a proteção de grupos historicamente violentados. Para que esse potencial se realize, é imprescindível garantir financiamento público estável e mecanismos de cooperação entre governo, sociedade civil e universidades. Investir em centros de pesquisa como o LABHDUFBA significa apostar em um futuro no qual a transformação digital seja também um instrumento de justiça racial e social. Não se trata apenas de criar tecnologias mais avançadas, mas de direcionar a inovação para o fortalecimento da democracia e a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva. Em síntese, a Inteligência Artificial pode se tornar uma poderosa aliada no combate ao racismo, desde que orientada por valores éticos e por um compromisso firme com os direitos humanos. Apoiar financeiramente grupos de pesquisa engajados nessa luta é garantir que o Brasil esteja na vanguarda de uma agenda que une ciência, tecnologia e equidade racial.Aceito receber informações do Governo Federal sobre a proteção e promoção dos direitos humanos nas plataformas digitaisSim https://brasilparticipativo.presidencia.gov.br/processes/racismodigital/f/1381/proposals/63848