DEPOIS DA CAÇADA não é ruim, mas é tão apático, morno e visualmente desinteresse que nem parece do Guadagnino. Não adianta querer ser controverso se tem medo de ofender, fazendo o que próprio roteiro critica nos personagens. Aí fica em cima do muro. Alguns do elenco quase salvam.

Assim como seu anti-herói, O BOM BANDIDO é irresistível, graças ao olhar empático do diretor e à atuação apaixonante de Channing Tatum, que tem uma baita química com Kirsten Dunst, também digna de prêmios. Baseado numa história surpreendente, o filme aperta o coração com fofura.

CASA DE DINAMITE é interessante por mostrar a burocracia num ataque nuclear. Começa com a tensão nas alturas mas perde o gás quando Rebecca Ferguson sai de cena e fica repetitivo, pois as novas perspectivas não apresentam nada muito novo e os personagens são pouco desenvolvidos.

É revigorante ver um filme ótimo dod Estadod Unidos sobre revolucionários contra o fascismo. Equilibrando drama, suspense, humor e melodrama, UMA BATALHA APÓS A OUTRA impressiona mais pela direção vertiginosa de PTA do que pelo roteiro. O elenco brilha (menos Sean Penn).

Wagner Moura conseguirá repetir o feito de Fernanda Torres? Quantos filmes internacionais a Neon vai emplacar no Oscar? Confira no Cinematic Tips as 10 perguntas ainda sem resposta para a temporada e as minhas previsões iniciais para os indicados: tinyurl.com/5atd7fn7

LUTA DE CLASSES parece vários filmes em um. Intercala cenas incríveis com outras com cara de série de TV ainda achando seu rumo. A cena de perseguição é tão boa que quase compensa as partes que não funcionam, como as cenas em família. Gostei da trilha, mesmo deslocada.

O SUPERMAN de 2025 feflete o tempo tenebroso em que vivemos, no mundo e na arte mainstream. Infantilizado, bagunçado, expositivo e se acha mais esperto do que é. Tão feio que os olhos quase sangram. Parece dirigido por um pré-adolescente em surto. David Corenswet inocente.

Inacreditável como transformaram uma das franquias mais empolgantes em algo tão enfadonho e solene. MISSÃO: IMPOSSÍVEL - O ACERTO DE CONTAS tem só umas 3 cenas que não dão sono em quase 3 horas, o resto é encheção de linguiça e cafonice. Nem a música-tema usam bem.

Foi duro terminar Guerreiros do Sol. Tão bem dirigida, fotografada, atuada (com uma ou outra exceção) e tecnicamente impecável mas muito maçante. O roteiro extremamente didático ficava dando lição de moral a cada 10 minutos e a narração era completamente desnecessária.

O ÚLTIMO AZUL começa como um retrato desolador de como a sociedade trata idosos aí vai se tornando uma jornada de libertação. Mesmo com uma estrutura episódica, o filme flui bem. Gabriel Mascaro opta pelo caminho da leveza. Denise Weinberg não nos perde em nenhum segundo.

Que pancada é FAÇA ELA VOLTAR, um terror permeado de melancolia e desconforto. Gosto como ele prioriza o melodrama em vez de sustos fáceis. No fim eu estava apegado aos personagens e triste pelo que aconteceria com eles. Sally Hawkins numa atuação monstruosa e digna de prêmios.

Sorri de orelha a orelha com UMA SEXTA-FEIRA MAIS LOUCA AINDA, uma comédia redondinha com boas piadas que captura o que fez o anterior ser especial. Um alívio terem priorizado as veteranas e não a nova geração. Que falta fazia Lindsay Lohan preenchendo a telona com tanto talento.

Se OS ENFORCADOS estiver no cinema da sua cidade, corra! É um suspense eletrizante e imprevisível, dirigido com maestria por Fernando Coimbra. Irandhir Santos no auge, Irene Ravache brilhando em poucas cenas e Leandra Leal numa das atuações do ano. O clímax me deixou boquiaberto.

Na primeira parte de A HORA DO MAL eu estava curtindo o suspense sem muita empolgação, apesar da direção fluida e da ousadia na estrutura e no mix de gêneros. Foi a personagem icônica da magistral Amy Madigan chegar que comecei a amar até o fim catártico que me fez gargalhar.

Uma comédia romântica sem comédia, mas com muito trauma. Um filme estrelado em que as estrelas não brilham. Um passatempo agradável mesmo com uma protagonista desagradável. Assim é AMORES MATERIALISTAS. Premissa interessante tratada sem encanto por se levar a sério demais.

Tem filmes que a gente vai olhar lá no futuro e ver claramente que foram criados nesta era de cinema confundido com palestra para dar lição de moral com pouca nuance. Nem no requisito emoção A MELHOR MÃE DO MUNDO entrega. O menino espontâneo consegue dar um pouco de leveza.

Gostei das piadas do divertido JUNTOS, apesar da falta de sutileza na analogia óbvia. Tem bons sustos e efeitos. Alison Brie confirma o que eu já sabia de várias séries: nasceu para ser estrela de cinema. A conclusão se estende mais do que o necessário.

Em APOCALIPSE NOS TRÓPICOS senti falta do tom mais pessoal dos docs anteriores da Petra Costa. É interessante ver de perto uma figura nefasta usando religião para influenciar a política, mas não tem nada novo a não ser que você seja estrangeiro ou não acompanhe as notícias.

Será que com o cabelo branco do lado rola cosplay de Sr. Fantástico ou preciso mostrar minha elasticidade também?

The last 3 best actress winners in a row are from comedies. The last time that happened was in the 90s. Do you see anyone keeping that streak going?

Always Remember Us This Way deserved the Shallow accolades.

O QUARTETO FANTÁSTICO de 2015 é um filme discreto que toma seu tempo e tenta ser realista. O ponto alto é o flerte com o horror corporal. Infelizmente os personagens não têm sintonia nem desenvolvimento e a história é apressada porque precisava virar um filme de ação da Marvel.

Contraditório requels minimizarem o passado enquanto dependem dele para copiar e ter público. EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO é medíocre com um twist insultante, personagens chatos e atuações péssimas tirando Jennifer Love Hewitt e Madelyn Cline. Boa trilha pop.

Melhor que o anterior, JURASSIC WORLD: RECOMEÇO volta às origens ao focar numa história mais enxuta. É mais do mesmo, mas as cenas de ação empolgam e Jonathan Bailey capta o encanto que falta no resto do filme, que tem personagens apáticos demais e mutantes desnecessários.

Poderia ser só uma continuação repetitiva, mas o humanista EXTERMÍNIO 3 evolui assim como os zumbis da franquia, ainda mais ameaçadores e complexos. Danny Boyle se reinventa ao ousar de modo vigoroso, com personagens e dilemas interessantes sobre morte. Só faltou a música-tema.

Jia Zhang-ke tem a rara habilidade de hipnotizar sem se apoiar em diálogos expositivos. Apesar de não gerar tanto impacto emocional quanto os filmes anteriores, o abstrato LEVADOS PELAS MARÉS cativa pelas imagens que mostram as transformações na China e pelo brilho de Tao Zhao.

Bebendo da fonte de Sam Raimi, PRÉDIO VAZIO mistura terror e comédia com um tempero brasileiro. Rodrigo Aragão se joga no maximalismo sem medo de ser feliz, gerando reações viscerais. Caio Macedo capta bem o tom, mesclando naturalismo e escolhas perspicazes na linguagem corporal.

Com uma direção excelente, KASA BRANCA exala afeto até nos momentos mais tristes. Esta joia rara tem um universo riquíssimo de personagens tratados como protagonistas de suas histórias, mesmo com pouco tempo de tela. Teca Pereira dá aula de atuação apenas com seu olhar.

Pamela Anderson se sai bem em THE LAST SHOWGIRL, que oferece a chance de ouro para ela se provar como atriz. Esta redenção da vida real é o que sua personagem busca ao ser descartada por uma indústria etarista. Este filme singelo evita miserabilismo e tem vários momentos bonitos.

Quer ver um lado menos falado do luto e depressão? Com nuance e simplicidade, HARD TRUTHS mostra dinâmicas familiares que parecem reais. Marianne Jean-Baptiste impressiona numa personagem que incomoda e arranca risos e lágrimas na mesma medida. Michele Austin não fica atrás.

Que boa surpresa é ODDITY, um terror mais preocupado em assustar do que fazer teses didáticas sobre traumas. Apesar de ser fácil identificar o vilão, a graça é saber o que vai acontecer. Bons sustos, design inspirado e uma criatura memorável que subverte expectativas do gênero.

Quebras na estrutura de roteiros te incomodam? A PRINCE nos desafia a entender a sua lógica peculiar. Outro diferencial deste filme com narração constante é retratar o envelhecimento e relações entre homens mais velhos e jovens com naturalidade, inclusive em cenas íntimas.

Os elementos surrealistas em BIRD podem causar estranheza, pois o estilo de Andrea Arnold costuma ir pelo caminho da crueza. Como ela opta por um naturalismo lúdico, faz sentido aqui. Quem brilha mais é Franz Rogowski, que faz mais um trabalho delicado e bonito.

É irônico que alguns filmes de terror recentes têm medo de assustar. Ou os realizadores não sabem como criar um clima de tensão eficaz. Mesmo levando a uma resolução que foge do trivial, IMACULADA precisava de uma trilha mais narcante, personagens carismáticos e menos apatia.

A estreia de Joshua Oppenheimer na ficção tem ambição como seus documentários, só que sem o mesmo brilhantismo. THE END é um musical pós-apocalíptico interessante mas é quase estático e anda em círculos. As músicas são chatas, redundantes e alguns atores não nasceram para cantar.

toda vez que sai um live action eu penso na entrevista de um mangaka famoso que disse que a graça da animação é justamente poder fazer coisas que o live action não consegue

Levanta a mão quem já teve que tirar a barba toda porque errou ao tentar aparar sozinho. Pelo menos não sou daqueles que se escoram na barba pra ter um pingo de beleza (se eu for, não quero saber).

Tem coisa mais chique do que ter prêmio de atuação em um dos maiores festivais de cinema? Não é para qualquer um. Wagner Moura construiu uma carreira incrível mostrando toda sua versatilidade filme após filme e é lindo ver esse reconhecimento neste momento do nosso cinema por um filme aclamadíssimo.

Wagner Moura is one of the best actors alive. It's so cool to see him recognized by one of the 3 big film festivals. This can give him and The Secret Agent a push.

O Agente Secreto com prêmio garantido do júri do Festival de Cannes. Vem Palma!

Não vamos sair de Cannes de mãos abanando! O Agente Secreto ganhou o FIPRESCI, prêmio de prestígio dado por uma federação internacional de críticos. Últimos vencedores:

Passando para avisar que os ótimos longas nacionais 'O Melhor Amigo' e 'Baby', chegam em junho no catálogo do Telecine.❤️🎥🇧🇷

I do enjoy the 4-6 hour window right before the Cannes awards ceremony where everyone is hyperanalyzing who was and was not called back for the ceremony and sharing every bit of secondhand scuttlebutt about what the jury voted on.

O submundo do que há de mais perverso nas profundezas da internet é explorado em RED ROOMS. Juliette Gariépy está tão meticulosa e enigmática quanto sua personagem. Tomado por uma sensação de desconforto, o filme expõe o sensacionalismo e a adoração doentia com figuras públicas.

É louvável que Robert Zemeckis continue experimentando com a forma mesmo em filmes de grande porte. AQUI tinha potencial para ser um espetáculo, com momentos e transições bacanas, mas os efeitos desnecessários e o ritmo frenético demais dificultam a conexão com as histórias.

Com um tom de desesperança sufocante, MANAS denuncia abusos vividos por meninas exploradas dentro e fora de casa. A fotografia deixa o filme ainda mais belo sem glamourizar a situação. É louvável o cuidado da direção em não apelar, apesar de o roteiro não ir muito além do óbvio.

Fugindo de saídas fáceis de filmes de vingança, FEMME traça um caminho moralmente ambíguo e fascinante ao mostrar uma drag queen se envolvendo com seu agressor. Nathan Stewart-Jarrett e George MacKay dão veracidade e complexidade a uma relação cheia de tensão e tesão.

Wagner nesta pose com esta barba e camiseta decotada é a receita perfeita pra ganhar o apoio dos gays

No cenário político atual, um filme libertador como NATIONAL ANTHEM é ainda mais essencial por reforçar a importância do apoio que a comunidade LGBT+ oferece a pessoas marginalizadas até por suas famílias. Um filme que celebra a beleza de se transformar.

If Troy Kotsur and Ke Huy Quan could be pushed by critics and go all the way in crodwpleasers released early there's no reason Delroy Lindo can't go all the way too. From his first scene to his very last in Sinners he has many chances to shine and makes the most of every moment.