Página dois. Lana. Uma semana depois.

Ruídos invadem minha mente logo ao acordar. Ouço um grande estrondo e meus olhos finalmente se abrem, ofegante, mas aliviada. Meus lábios parecem secos, meus olhos parecem pesados, meu corpo parece não querer funcionar. +

A FABRICATED FEELING.

___ > 03. _> 202X?? _ _u. _"um encontro simples. es."__ _es."___⠁⠀⠝⠊⠣⠞⠍⠜⠑ _ _ "sim. mas sinto como se aquele momen__to_"_. "tivesse mudado algo dee__ntro de mim."_ _ "eu me senti estranha. ,","," _ _ "desti_nada?"_ _

Página um. Lana. 2011.

_________ _> 20XX??. > __”quando ela me encontrou naquela situação logo chamou ajuda.__”_ “eu havia desmaiado. Não lembro de nada depois daquilo.””__” “acordei no dia seguinte dentro do hoslppppppital._”_ “__aappparentemente não havia nada de errado comigo, era apenas estresse.>_esse.””_””_””_ _ _

SO YOU HAVE COME.

O vazio consome minha mente com seu grande silêncio. Apenas silêncio. Abro meus olhos em meio a todos aqueles feixes de luz. +

"e como tudo isso aconteceu?"_ "me conte sua história."_ _ _ "tudo começou em 2014."_ "eu tinha acabado de completar 18 anos."_ __ "foi como me sentir liberta. Eu tinha a vida que sempr_)))))))))))))))))_ _ _ "e _______ conheceu ela?.'.'" _ _ _ "._____tttttudo começa depois do meu aniversário.";.;;_

Ao olhar meu reflexo, tudo o que consigo ver são fragmentos. Olhos por toda a parte, mas apenas dois deles são meus. Tudo o que me trouxe até aqui foi sua imagem. Eu não vejo mais a mesma pessoa de anos atrás. Quanto mais olho, mais percebo o quanto você quis que eu chegasse até aqui. +

"sim." _ "eu me lembro." _ _ _ "você ainda pensa nisso todos os dias, não é?" _ _ _ "sim." _ "sempre que me olho no espelho." _ _ "____ você se sente?" _ _ _ "____mo se eu estivesse dest____ a isso." _ _ "____________________."

Há momentos em que mesmo rodeada de tinta, tudo que conseguimos ver é preto e cinza. Não há mais cor saindo prisma e todas as latas já se secaram. Nesse momento, a única coisa que sentimos medo é vê-las novamente. +

Sobre vosso luar carmesim, tomado pelo turvo sereno, encontro-me destinada a iniciar teu julgamento sobre as almas deste casco desprezível. Tua voz ecoa sobre a noite fria desta madrugada, escorrendo sobre a prata, o sangue se encontra com as cartas. +

Presa em um um quarto escuro, sendo consumida pela minha apatia, sinto ao fundo de minha alma, um ruído ensurdecedor, seguindo em minha mente como tempestade e em meu corpo como uma lâmina. Suas garras arranham meu rosto com cuidado, mas ao ponto de não poder serem ignoradas, cada vez mais fundo. +

Aos leves passos, venha até mim e segure minhas mãos. Sinta a frequência dos nossos corpos que aos poucos, se encontram, entrelaçando nossos movimentos leves e outrora bruscos +

Quero dar mais atenção pra escrever esse ano e pretendo tentar postar pelo menos alguma coisa todo mes. O meu processo de criação vinha sendo muito dependente do meu bem estar e precisava estar em alguma situação horrorosa pra conseguir tirar alguma palavra sequer. +

Um, dois, três… Escorre. Cada vez mais, escorre. +

Agonizando em lábios ensanguentados, pedindo o perdão de viver em uma completa contradição. Suas lágrimas escorrem pelo meu ombro, encharcando-o de culpa. Mas você não errou. Olhe pra lua e diga o que mais você pensa ao ver o grande solar prateado. +

Aproveitando que agora tem fixado pra fazer um thread bonitinha dos textos. Lista de pensamentos intrusivos e fantasias dissociativas da minha cabeça. Baseados em tiras de realidade e desejos impuros, colhidos sobre grandes sistemas e frutos de empatia.

A cada piscar eu sinto meu sangue mais quente. A cada respiro eu sinto minha sede aumentar. Sempre que a tempestade passa, me sinto derrotada. Buscar pela saída daquilo que te tira da realidade pode ser algo incoerente, mas sei que isso pode ser uma saída. +

Sobre teu véu preto, em luto sobre tua alma, outrora sobre nossa pele. Teus dedos sujos de sangue seco, segurando o credo de tua existência. Como uma urna, selada a quaisquer ectoplasma, teus olhos se fecham a minha frente. +

Seu sangue adoça meus lábios sedentos e acalma o caos em meu corpo. Seu êxtase em doar-se a minha fome me excita, mas não posso terminar aqui. Você está entre a vida e a morte em minhas mãos, e isso de alguma forma conforta seu pequeno coração. +

A ambiguidade da solidão é fria, mas acolhedora. Ela te move pelo sangue derramado em seu caminho e te concede o maior poder já visto. Presa em uma nuvem escura de incertezas e sofrimento, buscando incansavelmente por uma luz. Isso te faz pensar no que é importante na sua vida. (1/11)