Hilda em 1999.

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Casa do Sol, setembro de 1999.

A vida é crua. Faminta como bico dos corvos. E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima, olho d’água, bebida. A vida é líquida.

Pai de Hilda, Apolonio Hilst aos 20 anos.

Casa do Sol, Campinas SP

Hilda Hilst e Lygia Fagundes Telles, em 1960.

Escritório de Hilda Hilst na Casa do Sol.

Marginalia: desenho de Hilda Hilst em um dos livros de sua biblioteca.

Nélida Piñon, Hilda Hilst, Wilson Martins e Lygia Fagundes Telles em reunião na casa de Guilherme Figueiredo. Rio de Janeiro, 1980.

Hilda na costa francesa em 1957.

Estou sozinha se penso que tu existes.

Hilda em 1954.

Estou morta. Mas a morte é amor.

Estou viva. Mas a morte é música.

Minha alma velha buscava entendimento. Quero dizer da dor mas não sei dizer. Estou sangrando por todos os buracos.

Hilda posa para Fernando Lemos, 1958.

Hilda Hilst tendo, ao seu lado, Olga Bilenky e Daniel Fuentes.

Hilda em 1942.

"Medo tão grande de te perder Hilda-Qadós, Hilda-Lacraia, medo que não tenhamos caras suficientes e um dia queiras outra nova ou então eu, os dois buscando outros." Trecho da carta de José Luis Mora Fuentes para Hilda Hilst, 12 de fevereiro de 1973.

Hilda e sua mãe Bedecilda, 1936

"E o incrível é que eu me ligo em todas as pessoas, mas ao mesmo tempo continuo livre, sem aqueles laços complicados" Carta de José Luis Mora Fuentes para Hilda Hilst, São Paulo, quarta-feira, setembro de 1973.

Hilda Hilst à frente do antigo portão de ferro da Casa do Sol.

Me fizeram de pedra quando eu queria ser feita de amor.

As coisas não existem. A ideia, sim.

Hilda Hilst em seu escritório da Casa do Sol, Campinas-SP.

Entrevistador: A poesia é capaz de transformar o mundo? Hilda: Não acho que seja. Mesmo um grande poeta não pode transformar o mundo. Shakespeare era deslumbrante mas não transformou o mundo.

Entrevistador: Poeta é aquele que sobrevoa o abismo? Hilda: Sim. Sobrevoei muitos mas, nunca tive coragem de me lançar sobre eles. Sem­pre tive uma boa dose de auto-preservação.

Parei de escrever quando senti que tinha dito tudo o que eu sabia e da melhor forma que fui capaz. Fiz o esforço maior que pude para me ex­pressar.

Hilda apresentando a entrega do Prêmio Saci, em São Paulo na década de 1950.

Entrevistador: A morte não tem importância, desde que haja alguma coisa do outro lado… Hilda: Ela não tem importância porque ela é inevitável.

Podemos ser muito geniais ao morrer. As últimas palavras de Kafka foram “Para o poço, para o fundo do poço filho de reis”.

Detalhe de retrato de Hilda Hilst por Chico Albuquerque. São Paulo, 1952.

Massao Ohno e Hilda Hilst.

Mas escrevo principalmente pela necessidade imperiosa de me expressar.

Daqui há 50 anos serei conside­rada genial. Principalmente quando morre­mos podemos ser geniais.

Hilda Hilst na década de 1970 na Casa do Sol, Campinas, São Paulo.

Ah! Se ao menos em ti eu não me dissolvesse.

"a tal grande escritora hippie maravilhosa, supostamente fã de LSD, era, na verdade, uma senhora tão noveleira quanto a minha avó paterna." Yuri Vieira sobre Hilda Hilst no livro O exorcista na casa do Sol.

"Eu sinto muita compaixão dos cachorros pelo fato de eles não conseguirem se expressar. Eu moro na mesma casa há 35 anos. Sempre jogaram cachorros abandonados aqui. Eu ficava com pena e pegava." Hilda Hilst para a Folha de São Paulo, 12 de janeiro de 2002.

Hilda Hilst na Casa do Sol nos anos 1990

Se ao menos existisse em nós a eternidade.

"A loucura. A tentativa de fazer uma coisa louca e boa. Eu tenho muito a ver com tudo isso, porque eu acho que o meu pai, que era louco, era deslumbrante. Ele era um gênio." Hilda Hilst para a Folha de São Paulo, 12 de janeiro de 2002.

Carta de Hilda Hilst para José Luis Mora Fuentes, 11 de fevereiro de 1975.

"Sempre me achei impressionante. Tudo o que eu escrevo é bom demais. Não sei por que dizem que não entendem nada." Hilda para a Folha de São Paulo, 12 de janeiro de 2002.

Hilda nos anos 1950

"Eu não sei, Hilda, tudo está muito intenso, a vida é realmente uma coisa incrível, não a vida das pessoas, mas todas as coisas mágicas, secretas, todo o lado de dentro das coisas." Carta de José Luis Mora Fuentes para Hilda Hilst, São Paulo, quarta-feira, setembro de 1973

Hilda Hilst na despensa da Casa do Sol, em Campinas.

“Sempre tive muito medo de ficar louca”, confessou Hilda na entrevista concedida ao Cadernos de Literatura Brasileira, de 1999.